Amigos, problemas técnicos me impedem de atualizar o blog como eu queria nesta quarta. Espero voltar com força total nesta quinta. Abração!
Arquivo do mês: agosto 2011
Fabiana Murer, o ouro, Bubka e a conquista do “povo brasileiro”
É muito legal acordar, ligar a TV e descobrir que uma das atletas que eu mais gosto no atletismo nacional estava no topo do mundo. Fabiana Murer acabara de conquistar o título no Mundial da Coreia do Sul. Um feito inédito.
Não tenho muito dessa de gostar mais de esportes individuais ou coletivos. Ambos têm predicados muito interessantes. Mas é fato que, no um contra um, o fator psicológico, a força mental, a concentração total, enfim, a cabeça é relevante demais. É ela que vai determinar o sucesso ou não. O corpo pode estar mais do que preparado, mas, se o cérebro não agir, já era.
Fisicamente e tecnicamente, Fabiana sempre foi muito bem preparada. Mas, de uns dois anos pra cá, ela teve um ganho mental absurdo. O sumiço das varas nas Olimpíadas de 2008 foram uma lição mental e tanto para a saltadora. Tanto que, depois disso, em torneios internacionais, com exceção do Mundial de 2009, quando foi quinta colocada, ela sempre foi ao pódio. Dois segundos lugares (Meeting de Donetsk e Final Mundial) e um título (Sul-Americano) em 2009. No ano seguinte, três títulos (Ibero-Americano, GP de Birmingham e a sensacional participação no Mundial indoor em Doha, no Qatar). Recentemente, em junho, ela já havia faturado o Sul-Americano.
Nesta terça-feira, ela coroou sua ascensão com o título na Coreia do Sul. É muito legal ver a atleta sorrindo e comemorando ainda no ar, logo após passar o sarrafo, sabendo que tinha feito, ali, o salto dourado.
Também foi muito legal ver Fabiana sendo cumprimentada por Sergey Bubka, uma lenda no salto com vara. Fabiana treinou inúmeras vezes com Vitaly Petrov, que foi o treinador do mito ucraniano. O sorriso de Bubka é a mostra de que todo o trabalho foi recompensado.
É uma conquista inédita para Fabiana e, degraus abaixo, para o atletismo brasileiro, mas nunca do povo brasileiro. Cada atleta sabe os perrengues pelos quais passou para conseguir a classificação para um Mundial, por exemplo. Cada atleta sabe as dificuldades que têm para conseguir treinar, muitas vezes, em condições precárias. E essa realidade, no nosso país, inúmeras vezes, faz parte do cotidiano de atletas de ponta, daqueles que a gente, o povo brasileiro, cobra resultados, sem saber o sufoco que o cara teve para conseguir entrar na pista.
Venhamos e convenhamos, os esportes individuais, no Brasil, são formados por abnegados, por pessoas com dons especiais e uma força de vontade absurda para conseguir algo. O algo pode ser um título regional, nacional, ou até mundial, por que não? Mas é um título individual. Ou, no máximo, de um pequeno número de pessoas, aqueles que estão ali do lado todo dia, treinadores e preparadores tão abnegados quanto os atletas.
A conquista de Fabiana é histórica. Histórica para ela. O “povo” pode ir às ruas e comemorar (você imagina alguém indo para a Avenida Paulista dando a volta olímpica?), mas saiba que, com um apoio maior, leia-se, com vontade política, títulos como o da Fabiana seriam bem mais corriqueiros. Ou melhor, os atletas brasileiros teriam condições reais de chegar às competições internacionais em condições de brigar por conquistas.
Imagine só se a festa com as verbas públicas para a Copa do Mundo, destinadas a levantar montes inúteis de concreto, fosse “desviada” para a formação de atletas? Aí, sim, seria uma vitória brasileira. Hoje, a vitória é de Fabiana. Deve ser reverenciada e comemorada, mas o ouro é dela. Só dela.
Arquivado em Atletismo
Homenagem aos 91 anos de Charlie Parker
Assim como Miles Davis, não manjo nada de Charlie Parker. Só sei que o Yardbird foi um gênio, um cara que revolucionou o jazz e influencia a música até hoje. Ele morreu em 12 de março de 1955, com apenas 34 anos, mas, se estivesse vivo, completaria 91 anos neste 29 de agosto. Fica aqui a homenagem:
“Au Privave” (melhor assistir em 720 p)
“Confirmation” (melhor assistir em 720 p)
LEIA TAMBÉM: Uma nova maneira de ouvir (e ver) Miles Davis
Pitacos do UFC Rio e blog em recesso
Êta semaninha complicada… Depois de 8767867 horas em frente ao computador, o blog entra em recesso e retoma suas atividades na segunda-feira. Se der, volta antes, mas o dono da parada não vai se esforçar muito para isso. O motivo: ida para o Rio de Janeiro, acompanhar o UFC Rio ao lado do sobrinho doido por MMA. Ansiedade, tensão. Caramba, não começa!
Na saideira, vou deixar os pitacos, só para ser cobrado depois. E bom UFC pra todos nóis!
CARD PRINCIPAL
Anderson Silva vs Yushin Okami (Médio – Disputa de cinturão)
– Spider nocauteia no primeiro round
Mauricio “Shogun” Rua vs Forrest Griffin (Meio-Pesado)
– Luta complicada, mas vou de Shogun, nocaute no segundo
Rodrigo Minotauro vs Brendan Schaub (Pesado)
– Quero muito que o Minotauro ganhe, mas é difícil também; vamos lá, Minotauro, por imobilização, no terceiro round
Edson Barboza vs Ross Pearson (Leve)
– Vai Brasil! Fenômeno no primeiro round
Luiz “Banha” Cané vs Stanislav Nedkov (Meio-Pesado)
– Taí uma luta que vai acabar cedo, e eu não faço ideia de quem vai ganhar; acho que nessa não dá Brasil: Nedkov no segundo
CARD PRELIMINAR
Thiago Tavares vs Spencer Fisher (Leve)
– Tavares, em três rounds
Paulo Thiago vs David Mitchell (Meio-Médio)
– Thiago, em três rounds
Erick Silva vs Luis “Beição” Ramos (Meio-médio)
– Acho que dá Beição, por pontos
Rousimar “Toquinho” Palhares vs Dan Miller (Médio)
– Toquinho, em três rounds
Felipe “Sertanejo” Arantes vs Yuri “Marajó” Alcantara (Pena)
– A luta com os melhores nomes da noite poderia terminar empatada, mas Marajó leva
Ian Loveland vs Yves Jabouin (Galo)
– Loveland em dois rounds
Raphael Assunção vs Johnny Eduardo (Galo)
– Luta para três rounds, vitória apertada de Raphael
A mais bizarra propaganda de leite da história
Pelo que eu suponho, faltou leite, e mãe e filha saem para comprar. Família feliz e sorridente rumo ao mercado, história da vida real, né? Não, definitivamente, não. Ou, se preferir, é uma bizarra história da vida real. Confesso que esta é a primeira vez que fico em dúvida sobre comprar leite ou não. Mas a lição está aprendida: se um dia eu for ao Japão, nada de leite. Imagina se eu cruzo com essas malucas na rua? Nem f***…
Uma nova maneira de ouvir (e ver) Miles Davis
Estou anos-luz de ser especialista na obra de Miles Davis. Pelo contrário, não conheço nada. Mas achei essa partitura animada uma maneira bem bacana de curtir a música. É genial como uma música é, na ponta do lápis, uma mistura de simplicidade com complexidade. Mesmo para quem não entende nada de partitura e tudo mais, parece um baile, uma dança de notas aqui e ali que formam essa obra linda, chamada “So What”.
Arquivado em Música
Esses jogadores e seus cabelos es…quisitos (1): Axel Witsel
O cabelo dele era assim…
… ficou assim…
… e agora está assim…
… capaz de fazer gols assim…
Olho nele!
Axel Witsel
Meia-atacante
Belga,1,89 m, 83 kg
22 anos (12/01/1989)
Carreira: Standard Liège (2006–2011) e Benfica (2011)